André Janones é acusado de montar esquema de rachadinha

Assessores e ex-assessores do deputado federal André Janones (Avante-MG) afirmam que o parlamentar operou um esquema de “rachadinha” no gabinete a partir de 2019, quando assumiu o primeiro mandato.

A rachadinha é uma prática ilegal na qual o gabinete de um parlamentar contrata funcionários, mas impõe a condição de que eles “devolvam” parte dos salários. Muitas vezes, são funcionários fantasmas, que nem vão aos gabinetes.

Segundo esses denunciantes, a prática foi adotada, pelo menos, durante todo o primeiro mandato de Janones (2019-2022).

E teria, também, sido adotada pela ex-assessora de André Janones Leandra Guedes na prefeitura de Ituiutaba (MG) – ela foi eleita prefeita do município em 2020 e levou parte dos assessores para compor sua equipe no novo posto.

Em razão do foro privilegiado de Janones, a denúncia tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) desde maio deste ano.

Janones e Leandra negam as irregularidades apontadas nas denúncias.

Biblioteca Central da UFMA é inaugurada sem livros após 13 anos de construção

Após 13 longos anos de obras marcadas por idas e vindas, paralisações e desafios contratuais, o prédio da Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), localizada em São Luís, foi finalmente inaugurado na tarde desta segunda-feira (27). A cerimônia contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana.

A jornada da construção, que se arrastou desde 2010, foi marcada por uma série de adversidades, incluindo atrasos, empresas que não cumpriram contratos e problemas estruturais que inflaram o custo da obra. O novo edifício, com mais de oito mil metros quadrados, tem uma história que se assemelha a uma verdadeira novela.

A inauguração, no entanto, acontece sem que a biblioteca tenha um acervo disponível para a comunidade acadêmica. Além disso, diversas etapas ainda precisam ser concluídas antes que o espaço possa ser totalmente funcional. Na manhã desta segunda-feira, operários trabalhavam arduamente para finalizar a instalação do elevador de acessibilidade, montar o auditório, concluir as instalações elétricas e mobiliar os amplos salões.

O histórico de problemas inclui paralisações e abandono de obras por empresas contratadas, culminando em uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) que identificou diversas irregularidades, desde falhas no projeto até aditivos que elevaram significativamente os custos. Em dezembro de 2022, um novo contrato, no valor de R$ 8 milhões e 600 mil reais, foi firmado para a conclusão da obra até dezembro de 2023.

O custo total da Biblioteca Central da UFMA, até o momento, atingiu a marca de aproximadamente R$ 27 milhões.

Avaliação negativa do governo Lula supera a positiva

Uma pesquisa divulgada nesta terça (31) pelo Instituto Atlas trouxe uma inversão nas avaliações do governo Lula. Dessa vez, as avaliações negativas superaram as positivas, com 45% considerando o governo ruim/péssimo e 43% ótimo/bom, caracterizando um empate técnico dentro da margem de erro de 1 ponto percentual.

No levantamento anterior, em 23 de setembro, 44% avaliaram o governo como ótimo/bom, enquanto 42% o viram como ruim/péssimo. A pesquisa ouviu 5.211 pessoas entre os dias 17 e 20 de novembro.

Apesar da mudança nas percepções sobre o governo, o desempenho pessoal do presidente Lula permanece positivo, com 50% de aprovação, enquanto 47% desaprovam e 3% não têm opinião. Em setembro, a aprovação era de 52%, e a desaprovação, 46%.

Quando questionados sobre os principais problemas do Brasil, a maioria apontou a criminalidade e o tráfico de drogas (60,8%), seguidos pela corrupção (50,2%) e pela pobreza (23,6%).

A pesquisa também comparou o governo atual com o governo anterior de Jair Bolsonaro em diferentes áreas. A maioria dos entrevistados destacou melhorias nas relações internacionais (52%), enquanto a responsabilidade fiscal e o controle de gastos foram apontados como a área com maior piora (51%).

Brandão garante R$ 475 mi de precatórios do Fundef para o Maranhão

A Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Educação e o Estado do Maranhão celebraram nesta segunda-feira (20/11), em Brasília (DF), acordo para pôr fim a uma ação judicial que tramitava há 20 anos no Supremo Tribunal Federal (STF) discutindo diferenças de repasses da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Com o fim da disputa, pouco mais de R$ 475 milhões deverão ser liberados ao Estado para serem utilizados no fortalecimento da educação e no combate às desigualdades sociais e regionais. O termo também prevê que o Estado do Maranhão destinará, no mínimo, 60% do crédito aos professores – inclusive aposentados e pensionistas – na forma de abono, vedada a incorporação dos valores na remuneração, aposentadoria ou pensão.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, classificou o acordo como histórico. “Nossa palavra de ordem é cooperação, conciliação e entendimento. Nós podemos, em conjunto com a advocacia pública, construir grandes entendimentos em benefício do povo, da sociedade. Uma disputa como essa atrapalha a vida do povo que está precisando da educação (…)”, assinalou o advogado-geral da União Messias. “Essa iniciativa é muito significativa, porque trabalha um novo conceito de relação federativa”, completou.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também destacou que a celebração do acordo representa o restabelecimento do pacto federativo e do diálogo. “Parabenizo o esforço que a AGU tem feito para resolver todos esses impasses de anos em relação ao antigo Fundef e que, mais uma vez, vai permitir que o Estado possa ter mais recursos para investir, o que considero essencial e prioritário para qualquer nação, que é investir na educação e dar oportunidade a nossas crianças e jovens deste país”, afirmou.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão Júnior, também enalteceu o resultado da negociação. “O Maranhão tem pressa. Já esperamos 20 anos, então, não teria como esperar mais. Esse dinheiro, se a gente fosse judicializar, não sei quanto tempo passaria”, ponderou. “Estamos vivendo um momento de reconstrução. O que mais me incomodava era ver as creches e as mães sem poder deixar o filho lá. (…) Com a recuperação dessas obras inacabadas, teremos creches, escolas e quadras cobertas para oferecer aos municípios melhores condições na educação”, concluiu.

Novo PAC: Governo Federal vai reduzir prazo para que S.J. Ribamar conclua obras inacabadas

A chegada do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ao Maranhão tem gerado grandes expectativas, não apenas devido aos vultosos investimentos de aproximadamente R$ 94 bilhões, mas especialmente pela parcela destinada à retomada de obras na área da Educação.

O estado conta com 560 obras educacionais paralisadas desde 2009, abrangendo escolas, creches e quadras esportivas. Algumas iniciativas já foram retomadas após um acordo entre municípios, estado e o Governo Federal, visando aproveitar os recursos disponíveis.

No entanto, o montante de mais de R$ 600 milhões proveniente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para concluir todas as obras até o final de 2025 é visto como um desafio considerável. O prazo estabelecido é considerado curto por muitos, levando em consideração a complexidade e o histórico das obras.

Os recursos do FNDE sempre foram repassados às prefeituras, mas, segundo relatos de prefeitos, pouco avanço foi observado, seja devido à falta de projetos ou à defasagem de valores para a conclusão das obras.

Em São Luís, por exemplo, das 37 obras inicialmente previstas para financiamento pelo FNDE, 25 foram canceladas, 4 foram concluídas, 5 estão em execução, 2 em fase de licitação, e uma permanece inacabada, já repactuada com a União.

São José de Ribamar enfrenta desafios semelhantes, com apenas seis das 24 obras inicialmente fechadas com o FNDE concluídas. Seis foram canceladas, duas estão em processo de contratação da empresa vencedora da licitação, sete estão em processo licitatório, e três estão em fase anterior à licitação.

Técnicos do FNDE expressam preocupações sobre o cenário, sugerindo que, embora haja recursos disponíveis, o padrão de aplicação permanece o mesmo que resultou em obras paradas por mais de 10 anos. Resta saber se os prefeitos serão capazes de implementar abordagens diferentes desta vez e cumprir o prazo estabelecido pelo Governo Federal.

Congresso aprova repasse de R$ 15 bi para estados e municípios

Em uma sessão conjunta realizada nesta quinta (9), o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei do governo Lula que destina mais de R$ 15 bilhões em crédito adicional para estados e municípios, com o objetivo de compensar perdas de arrecadação.

A proposta segue agora para a sanção do presidente Lula (PT).

O projeto original previa um acréscimo de R$ 207,4 milhões ao Orçamento de 2023 para atender diversos ministérios. No entanto, o governo solicitou uma modificação, elevando o valor para mais de R$ 15 bilhões.

Esse montante será distribuído da seguinte forma: R$ 8,7 bilhões para compensar as perdas dos estados devido à redução do ICMS de combustíveis em 2022 e R$ 6,3 bilhões para compensar as perdas relativas aos fundos de participação dos estados e dos municípios (FPE e FPM) na arrecadação geral.

A votação desse projeto foi o único item da pauta do Congresso desta quinta. Houve um acordo entre os líderes partidários para derrubar a análise de 33 vetos presidenciais e outras seis liberações de crédito ao Orçamento da União, devido à falta de consenso.

Entre os vetos estava o do marco temporal para demarcação de terras indígenas. A próxima sessão do Congresso está marcada para 22 de novembro.

Governo Lula bloqueia R$ 3,8 bilhões do Orçamento 2023

O governo do presidente Lula adotou um contingenciamento de quase R$ 3,8 bilhões no Orçamento de 2023, conforme apontado por um levantamento da Associação Contas Abertas, com base em dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

Essas medidas afetam diretamente setores cruciais, como saúde, educação e programas sociais.

O contingenciamento é uma estratégia de controle de gastos que pode, posteriormente, se tornar um corte, uma vez que não há previsão de desbloqueio dos recursos até o final do ano.

Os efeitos dessas medidas atingem áreas sensíveis, incluindo verbas destinadas a hospitais, aquisição de livros didáticos, bolsas de mestrado e doutorado, Auxílio Gás e o programa Minha Casa, Minha Vida.

O setor da saúde enfrenta um bloqueio de R$ 296 milhões na rubrica de serviços de assistência hospitalar e ambulatorial, pertencente ao Ministério da Saúde.

Essa verba seria destinada a consultas, exames, tratamentos e cirurgias. O programa Auxílio Gás também teve um corte de R$ 262 milhões, colocando em risco o pagamento do benefício a 2 milhões de famílias em dezembro.

O Minha Casa, Minha Vida, amplamente divulgado pelo governo, não escapou das restrições. Duas ações do Ministério das Cidades ligadas ao programa habitacional sofreram bloqueios de R$ 426 milhões.

O Ministério da Educação teve R$ 180 milhões bloqueados no orçamento destinado à produção e aquisição de livros didáticos para a educação básica. Essa quantia possibilitaria a compra de aproximadamente 17 mil livros para o ensino fundamental.

Além disso, outros cortes, totalizando R$ 332 milhões, atingiram programas de alfabetização, transporte escolar e bolsas de estudo para estudantes de mestrado e doutorado.

“Ninguém vai deixar de estudar por não estar vacinado”, diz Carlos Lula sobre novo projeto aprovado na Alema

Durante a sessão desta quarta-feira (8), o deputado estadual Carlos Lula (PSB) destacou a aprovação do Projeto de Lei 027/2023, que torna a apresentação da caderneta de vacinação documento indispensável na matrícula de estudantes na rede pública de ensino no Maranhão. A medida pretende ampliar a cobertura vacinal no estado a fim de reduzir o risco de ressurgimento de doenças já erradicadas, como a poliomielite.

O parlamentar destacou que o projeto não torna obrigatório a aplicação de nenhum tipo de vacina. “O que a proposição almeja é apenas e tão somente a articulação entre a política da educação e a política de saúde. Para que, no ato da matrícula, seja agregado um documento novo pelos pais que levam os seus filhos para se matricularem, que é exatamente a caderneta de vacinação, que traz em si todas as vacinas”, afirmou.

Segundo o texto do PL, a falta de atualização da caderneta de vacinação não vai implicar na proibição da matrícula do aluno. “Ninguém vai deixar de estudar por não estar vacinado. Nosso objetivo com o projeto é permitir que a caderneta de vacinação também seja aferida pela rede de ensino. Se, eventualmente, o aluno não estiver com as vacinas obrigatórias atualizadas, o pai vai ser notificado para explicar essa situação e regularizar, caso não seja uma questão médica. Não regularizando, a situação será encaminhada para os órgãos competentes”, explicou o deputado.

O Brasil se encontra no ranking dos dez países com maior número de crianças com atraso em seu calendário vacinal. Segundo dados da Unicef, três em cada dez crianças no país não receberam as vacinas básicas. Entre 2019 e 2021, aproximadamente 1,6 milhão de crianças não receberam dose da vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e coqueluche. O mesmo repete para a vacina contra a poliomielite.

“Não estamos criando uma nova regra, somente um meio de articular a educação e a saúde para buscar aumentar o contingente de crianças vacinadas. Há 90 anos, a expectativa de vida do brasileiro era de 44 anos. Duas coisas possibilitaram o aumento da expectativa de vida da população: a água e a vacina. Vacina salva vida e é esse o objetivo do projeto, aumentar o índice de vacinação de nossas crianças”, assegurou Carlos Lula.

MOB garante transporte coletivo gratuito na Grande Ilha no ENEM

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, e comprometeu a oferecer gratuidade no transporte semiurbano por meio da MOB.

A medida se aplica aos dias 05 e 12 de novembro, dias em que serão realizadas as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, abrangendo a região da Grande Ilha e cidades do sul do estado.

“A disponibilização desse serviço gratuito vai garantir que mais estudantes possam participar do ENEM sem se preocupar com os custos de deslocamento. Estamos empenhados em implementar soluções que promovam uma mobilidade mais acessível e inclusiva para os maranhenses”, declarou Sarney.

Pacheco suspende envio de indicações de Lula para o STJ

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tomou uma decisão inesperada ao suspender o envio dos nomes aprovados pela Casa Revisora para ocupar três vagas de ministros no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A medida foi adotada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicar a advogada Daniela Teixeira e os desembargadores José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos para os cargos.

Embora a nomeação do trio esteja pendente apenas da publicação no Diário Oficial da União (DOU), a ação de Pacheco interrompe temporariamente o processo. O motivo por trás dessa suspensão reside na suspeita de que houve favorecimento à advogada Daniela Teixeira. Apenas o nome dela teria sido encaminhado à Presidência da República para a publicação, apesar da aprovação dos outros dois indicados na mesma sessão.

A preocupação é que, caso a nomeação de Daniela ocorresse antes dos demais, ela poderia ter preferência na escolha das turmas do STJ, o que poderia influenciar significativamente sua atuação. A advogada, por sua vez, negou qualquer irregularidade e assegurou que aguarda a posse, programada para o dia 22 de novembro.

Importante ressaltar que a suspensão determinada por Pacheco não anula a votação que aprovou os indicados. No entanto, os nomes serão reexaminados e possivelmente encaminhados para publicação no DOU na próxima semana, após as devidas verificações e esclarecimentos.