Flávio Dino herdará casos de Juscelino e Maranhãozinho no STF

O ministro da Justiça Flávio Dino, indicado de Lula ao Supremo Tribunal Federal, enfrentará uma série de processos delicados caso sua nomeação seja aprovada pelo Senado.

Entre os temas que passarão para suas mãos estão ações que eram responsabilidade de Rosa Weber, como a CPI da Covid sobre Jair Bolsonaro, investigações criminais envolvendo Juscelino Filho e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho.

Josimar de Maranhãozinho é alvo de investigações da PF por supostos desvios de recursos de emendas parlamentares destinados à saúde. A Operação Descalabro, em novembro, desvendou um esquema criminoso que teria desviado R$ 15 milhões dos cofres públicos maranhenses.

Se aprovado, Dino herda 217 processos, abrangendo temas como a legalização do aborto e processos anteriormente sob responsabilidade de Barroso.

A regra interna do STF permite que, ao assumir a presidência, o ministro mantenha a relatoria de processos prontos para julgamento. Flávio Dino receberá os acumulados por Rosa Weber após sua aposentadoria.

Entre os casos estão a legalização do aborto, o regime de recuperação judicial de empresas públicas, a discussão sobre o crime de violência institucional e a extinção da pena de prisão sem a condição de pagamento da multa.

Também constam investigações da CPI da Covid sobre suposta incitação ao crime por parte de Bolsonaro e aliados.

O futuro ministro decidirá sobre ação da PGR contra trecho do último decreto de indulto natalino de Bolsonaro. Enquanto o substituto não é definido, alguns processos ganharam relator temporário, mas a vaga em aberto pode sobrecarregar outros ministros.

Além dos processos em andamento, Flávio Dino receberá uma carga maior de ações devido à distribuição restrita durante a ausência de um ministro, o que ocorre quando a vaga permanece vazia.

Lula anuncia indicações de Flávio Dino para o STF e Gonet na PGR

Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou oficialmente as indicações do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), e do procurador Paulo Gustavo Gonet Branco para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os nomes de Dino e Gonet já estavam em evidência como “candidatos” desde a abertura das vagas em setembro. Nas últimas semanas, ambos ganharam destaque como favoritos para os respectivos postos.

As indicações serão encaminhadas ao Senado, onde seguirão um processo semelhante. Os indicados passarão por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que também votará as indicações. A aprovação final deverá ocorrer no plenário do Senado, exigindo pelo menos 41 votos “sim”.

Caso o Senado aprove as nomeações de Dino e Gonet, caberá ao STF e à PGR determinar a data das posses.

O governo Lula busca assegurar a aprovação das escolhas antes do recesso legislativo, que se inicia em menos de um mês. Se não for possível, a aprovação e posse das novas autoridades ficarão para fevereiro ou março de 2024.

Interlocutores de Lula indicam que Flávio Dino continuará a exercer suas funções no Ministério da Justiça durante a avaliação pelo Senado, mantendo a estabilidade do órgão enquanto aguarda a confirmação.

Maioria do STF valida quatro pontos da Lei de Organizações Criminosas

Por maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou trechos da Lei de Organizações Criminosas, legislação de 2013 que serve como um dos principais instrumentos no combate ao crime organizado.

A lei define o que é organização criminosa e as diretrizes para a investigação criminal e o procedimento judicial para processar o crime, incluindo quais meios podem ser utilizados para a obtenção de provas.

O caso é julgado no plenário virtual, em que os ministros votam de forma remota. A sessão que analisa o processo termina às 23h59 desta segunda-feira (20). O julgamento começou em 2020, mas teve o desfecho adiado por dois pedidos de vista – mais tempo de análise.

A ação, protocolado pelo então PSL, hoje União Brasil, questionou quatro trechos da lei, argumentando que violariam princípios constitucionais como os de proporcionalidade, segurança jurídica e do devido processo legal. A ação direita de inconstitucionalidade foi aberta pela legenda em 2015.

A maioria dos ministros do Supremo rejeitou todos os pontos questionados, mantendo a integridade da lei. Prevalece o entendimento do relator, ministro Alexandre de Moraes, que foi seguido por Luiz Fux, Gilmar Mendes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, hoje aposentada.

Os ministros Dias Toffoli e Cristiano Zanin divergiram, votando por invalidar partes da lei, enquanto o já aposentado ministro Marco Aurélio Mello acompanhou o relator, mas com ressalvas.

Ministro do STF concede liminar e restabelece mandatos de vereadores de Cândido Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar nesta sexta-feira, 27 de outubro, em resposta a uma reclamação apresentada por quatro vereadores de Cândido Mendes, restabelecendo os mandatos que haviam sido cassados em junho deste ano.

Os vereadores beneficiados pela decisão foram Tayron Gabriel Sousa de Jesus, Wadson Jorge Teixeira Almeida, Whebert Barbosa Ascensão e Nivea Marsônia Pinto Soares.

Na sua decisão, Gilmar Mendes ressaltou que os parlamentares não poderiam ter sido impedidos de participar da sessão que resultou na cassação. Na ocasião, eles foram substituídos pelos suplentes antes da votação dos processos aos quais respondiam.

A cassação dos quatro vereadores desencadeou uma crise institucional em Cândido Mendes, culminando no episódio em que o vereador Sababa Filho supostamente atirou uma quantia em dinheiro pela janela da Câmara.

Com a liminar, os mandatos foram restabelecidos, o que significa que os vereadores voltarão a exercer suas funções representativas na cidade.

Esposa de Randolfe é nomeada em cargo comissionado no STF

A advogada Priscila Carnaúba, esposa do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), foi nomeada como assessora comissionada no gabinete da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Embora os detalhes de sua remuneração não tenham sido divulgados, estima-se que os auxiliares de Cármen recebam entre R$ 10 mil e R$ 30 mil.

A nomeação de Priscila ocorreu em setembro deste ano, cerca de um mês após a visita do congressista ao apartamento de Cármen, em Belo Horizonte (MG). A magistrada também foi convidada para o casamento de Rodrigues e Priscila em julho, o que gerou controvérsias acerca de possíveis conflitos de interesse.

Em resposta a questionamentos, o STF afirmou que a seleção seguiu critérios objetivos, com base na adequação da candidata às exigências do cargo.
Destacou ainda que a nomeação não foi influenciada por indicações externas, embora a relação de Priscila com um membro de outro poder não tenha sido um fator de veto.

Segundo o tribunal, o gabinete da ministra Cármen Lúcia contratou três assessoras este ano, todas capacitadas para as funções.

A assessoria de Randolfe Rodrigues não respondeu aos pedidos de esclarecimento até o momento.

Flávio Bolsonaro antecipa possível escolha de Jorge Messias para o STF pelo presidente Lula

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeará Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga que precisa ser preenchida no Supremo Tribunal Federal (STF).

A afirmação do senador foi feita com base em informações discutidas em conversas reservadas com aliados nos bastidores. O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro sinaliza que a nomeação de Messias para o STF é vista como uma possibilidade real, embora ainda não haja qualquer confirmação oficial por parte do governo.

Além de Jorge Messias, outros nomes também são cotados para a vaga no STF, incluindo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).

STF determina que governo elabore Plano para melhorar presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou por unanimidade que o governo Lula elabore e apresentar um plano nacional para lidar com as supostas violações dos “direitos fundamentais” nas prisões do país.

A decisão estabelece que, em nível federal, o governo deve desenvolver e implementar esse plano em um prazo de seis meses a partir da data de publicação da decisão. Os estados e o Distrito Federal têm um prazo de até seis meses após a homologação do cronograma nacional para apresentar seus próprios planos.

A questão foi levantada por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347, apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

O julgamento desse caso começou em junho de 2021 e teve como relator o ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que votou a favor da declaração do chamado “Estado inconstitucional de coisas” no sistema prisional brasileiro e destacou a necessidade de um plano para resolver o problema.

Os demais ministros seguiram o voto do relator.

 

Pacheco defende mandato com limites para ministros do STF

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou seu apoio à ideia de estabelecer mandatos limitados para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em declarações nesta segunda (2).

De acordo com o parlamentar, é essencial para o Poder Judiciário e para a sociedade que haja uma limitação no tempo de permanência dos ministros do STF em seus cargos. Atualmente, os ministros podem ocupar o posto até atingirem a idade de 75 anos, quando se aposentam compulsoriamente. No entanto, o senador mineiro argumenta que a discussão sobre mandatos com prazos definidos deve ser iniciada no Senado após a próxima nomeação para o STF.

A ideia de limitar os mandatos dos ministros do STF tem gerado debates acalorados em todo o país. Defensores da proposta argumentam que isso traria maior dinamismo à Corte e permitiria a renovação de seus membros, enquanto críticos afirmam que poderia politizar ainda mais o processo de nomeação e afetar a independência do Judiciário.

Pacheco sugeriu que a discussão no Senado inclua não apenas a definição de um limite de mandato, mas também a estipulação de uma idade mínima para ingresso no STF. Ele enfatizou a importância de encontrar um equilíbrio que garanta estabilidade jurídica para a formação da jurisprudência do país.

Atualmente, a idade mínima para se tornar ministro do STF é de 35 anos. A próxima vaga na Corte será preenchida pelo indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sucederá a ex-ministra Rosa Weber.

Vários nomes estão sendo cogitados para a nomeação, incluindo o ministro da Justiça, Flavio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Constas da União, ministro Bruno Dantas.

Saiba quem são os deputados maranhenses que assinaram a PEC que limita poderes ao STF

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo deputado federal Domingos Sávio (PL-SP), que visa conceder ao Congresso Nacional a prerrogativa de revogar expressamente decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), continua a ganhar apoio na Câmara dos Deputados.

Este texto representa uma resposta dos parlamentares a recentes decisões do STF sobre questões consideradas de iniciativa do Congresso, tais como o marco temporal, o porte de drogas e a descriminalização do aborto.

A PEC alcançou o número necessário de assinaturas para ser apresentada na sexta-feira, dia 27, e chama a atenção pelo fato de que quase metade dos signatários pertence a partidos que integram a base governista.

No estado do Maranhão, cinco parlamentares deram seu apoio à proposta. São eles:

  1. Aluisio Mendes (Republicanos/MA)
  2. Cleber Verde (MDB/MA)
  3. Josivaldo JP (PSD/MA)
  4. Márcio Honaiser (PDT/MA)
  5. Marreca Filho (Patriota/MA)

Luís Roberto Barroso assume presidência do STF nesta semana

O ministro Luís Roberto Barroso está prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma cerimônia que ocorrerá nesta quinta (28).

Ele sucederá a ministra Rosa Weber, que está prestes a se aposentar compulsoriamente no dia 2 de outubro. Além disso, o ministro Edson Fachin assumirá o cargo de vice-presidente do tribunal.

Até o momento, o presidente Lula (PT) ainda não anunciou o nome do ministro que irá substituir a ministra Rosa Weber. Após essa indicação, será necessário passar por um processo de sabatina no Senado Federal.

Luís Roberto Barroso, com 65 anos de idade, chegou ao Supremo Tribunal Federal após ter sido indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff.